terça-feira, 15 de março de 2011

Amarrado.

O que assusta nos relacionamentos é como uma pessoa que não significava nada para a outra prova a esta que é necessária em sua vida, logo depois passa a ser parte da outra, no sentido literal da palavra, sendo neste ponto que se rompem os laços com o racional, pois a pessoa assume o papel de propriedade da outra, sendo que o sentimento pré existente é substituído pela condição de “seu”, a preocupação em agradar incessantemente é trocada pela pocessão, chegando as vezes ao extremo, eis que surge o desgaste, o “amor eterno” vira uma prisão, altamente vigiada e as torturas constantes por parte de quem rotula o outro como seu, como se este não tivesse saída, passam a condição de suplício, e num grito de silêncio a pessoa sobe até a superfície e busca a sua liberdade. Mas como animal gregário, para surpresa total, a pessoa volta para si e percebe que não vive sozinha, e pela busca do estereótipo do que se chama de pessoa ideal, cai novamente na mesma cilada.

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